18/07/2023
Os líderes europeus, durante a cúpula CELAC-UE, insistem em arrastar os países latino-americanos para a Guerra da Ucrânia. Além de apoio político, pedem armas! Ademais da velha arrogância europeia, pedir auxílio à países menos desenvolvidos é sinal de desespero.
Os europeus desejavam que a declaração final citasse a "guerra de agressão" contra o território ucraniano, denunciando abertamente a Rússia pelo ataque. Entretanto, os governos latino-americanos não aceitaram os termos.
Felizmente a maioria dos líderes da América Latina, seguindo a posição dos gigantes sul-americanos Brasil e Argentina, se recusou em acatar as demandas coloniais exigidas pelos decadentes membros da UE.
Antes mesmo do início das reuniões, diversos países sul-americanos já haviam vetado a presença do presidente ucraniano Valdimir Zelensky. "Esta não é uma cúpula sobre a Ucrânia", declarou o embaixador do Brasil na União Europeia, Pedro Miguel da Costa e Silva.
O Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o país é contra o envio de armas para Ucrânia. Além disso, declarou que o governo brasileiro é contra as sanções unilaterais impostas sem aprovação do Conselho de Segurança da ONU.
Em 2022, o mundo gastou em armamentos mais de US$ 2 trilhões, um recorde segundo o Instituto de Pesquisas pela Paz, de Estocolmo. No aniversário do primeiro ano da guerra, em fevereiro de 2023, a Ucrânia já havia recebido dos países ocidentais mais de US$ 100 bilhões. Dentro deste contexto Lula declarou que "a guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e programas sociais".
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, também criticou duramente o financiamento da guerra por parte dos países ocidentais, ao lamentar que “enviam trilhões de dólares em armamento para guerra”, enquanto “não somos capazes de construir o desenvolvimento integral e sustentável da humanidade"
Além da tentativa de tragar os países da América Latina para apoiar a Ucrânia, fechando os olhos para as forças neonazistas que se institucionalizaram antes e durante o governo Zelenksy, outra intenção da União Europeia era frear os avanços da China nas relações com as nações latinas. No entanto, a China é o maior parceiro comercial de diversos países da região, a cúpula acabou por suscitar mais diferenças entre AL-UE do que encontrar interesses comuns.
André Nunes
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Fontes:
https://actualidad.rt.com/actualidad/473613-creer-mundo-multipolar-cumbre-ue-celac
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