Por André Nunes
Siga no Twitter: @andrenunesfnt
Extremistas incendiaram o Centro de Formação Paulo Freire, organizado pelo MST, em Caruaru, picharam “mito” e símbolos nazi nas paredes, Não satisfeitos, os vândalos, segundo a Polícia Civil de Pernambuco, arrombaram e incendiaram a casa da coordenadora do centro. O ato ocorreu na madrugada de sábado para domingo, 13/11.
Poucos dias antes, na Bolívia, radicais de direita, opositores do governo, incendiaram a sede da Federación de Campesinos, um sindicato de trabalhadores rurais localizado na província de Santa Cruz. Não são fatos isolados, o extremismo com características fascistoides está se espelhando pelo mundo, a história se repete nas crises cíclicas do capitalismo.
Nós vimos o mesmo acontecer na Ucrânia, 8 anos atrás, quando neonazistas ucranianos queimaram pessoas vivas na sede de um sindicato, matando mais de 50 pessoas. O episódio ficou conhecido como O Massacre de Odessa.
Atenção, pois temos grupos organizados que pretendem avançar com esse tipo de terrorismo neonazi no Brasil.
Para os desavisados, mal-intencionados: a suástica não é o único símbolo neonazi, vide batalhão Azov e outros grupos paramilitares e políticos na Ucrânia que utilizam simbolismos que remetem ao nazismo mesmo sem ser a suástica. O tridente visto nas bandeiras levadas por bolsonaristas para a Avenida Paulista em 2020 é utilizado pelos extremistas do Pravy Sektor e OUN.
E para os que acham impossível a existência de grupos neonazi no Nordeste, imagine se soubessem que muitos judeus, pasmem, apoiaram a Junta de Kiev na Ucrânia, e, alguns deles, como o magnata Igor Kolomoisky, inclusive financiaram o batalhão Azov.
Logo, sim, infelizmente até em Caruaru pode haver grupos neonazi. Talvez não sejam ideológicos, talvez não haja o elemento da xenofobia por se tratar de um povo miscigenado, mas esse elemento é substituído pelo preconceito social / de classe.
O neonazismo no Brasil já está organizado. Olho vivo!
Assista ao vídeo sobre o tema:
Comentários
Postar um comentário