Prole Propaganda, Eduardo Paes e Crivella, o que os une?

Merece atenção as relações contratuais mantidas pela empresa Prole Serviços de Propaganda Ltda. de propriedade do delator dos esquemas do PMDB fluminense na operação “Cadeia Velha”, Renato Pereira, com a Prefeitura do Rio de Janeiro. São contratos celebrados pela administração de Eduardo Paes e mantidos pelo atual alcaide Marcelo Crivella, que podem ser verificados no site Rio Transparente, serviço operado pela Controladoria Geral do Município (CGM).



Pelo site ficamos sabendo que a empresa teve um contrato quitado por um serviço de publicidade cujo valor ultrapassa mais de R$ 43 milhões, e que segundo o informe do Rio Transparente foi encerrado em 30 de junho de 2017,tendo sido iniciado em 1º de julho de 2015.

O Rio Transparente, criado em 2006, tem por objetivo a divulgação de informações sobre a origem e a aplicação dos recursos realizada pelos órgãos e entidades da Prefeitura do Rio.





Em matéria anterior publicada no Lobotomia e Comunicação, segundo informações disponibilizadas pelo Rio Transparente, foi identificado um contrato de mais de R$ 24 milhões da Prole com o Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro (FUNPREVI) através do Gabinete da Prefeitura do Rio a partir de 1º de janeiro de 2017, dia da posse de Crivella, com data prevista de encerramento em 30 de junho de 2018.



O FUNPREVI tem por finalidade específica prover os recursos para o pagamento de benefícios previdenciários dos segurados do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos do Município do Rio de Janeiro e a seus dependentes.




Com apenas esses dois contratos, em um período de dois anos, a Prole Propaganda embolsa mais de R$ 68 milhões. O fato que causa espécie é que se o próprio dono da empresa, o publicitário Renato Pereira confessa sua participação em um esquema de caixa dois, citando nominalmente o ex-prefeito Eduardo Paes, é que atual gestão da prefeitura de Marcelo Crivella não tenha solicitado até agora uma investigação sequer sobre esses contratos, além de executar valores empenhados pela gestão anterior a qual culpa por má gestão de recursos e de ter arrebentado o caixa da prefeitura carioca. Pelo jeito Paes e Crivella rezam juntos no encaminhamento de contratos no mínimo suspeitos envolvendo empresas citadas em caixa dois.

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