Por Gustavo Castañon
Devemos reconhecer que a internet é um território onde o poder do dinheiro prevalece como em qualquer outro. O próprio Facebook é um brinquedo da CIA (Central de Inteligência Estadunidense) e a NSA (agência estadunidense para segurança nacional) tem acesso ilimitado a tudo o que já escrevemos e deletamos até em nossas caixas de diálogos. Os "Think Tanks" tupiniquins em defesa da desigualdade como o Instituto Mises e o Instituto Millennium fabricam os argumentos e selecionam os dados a serem usados pelos defensores dos bilionários no debate.
Devemos reconhecer que a internet é um território onde o poder do dinheiro prevalece como em qualquer outro. O próprio Facebook é um brinquedo da CIA (Central de Inteligência Estadunidense) e a NSA (agência estadunidense para segurança nacional) tem acesso ilimitado a tudo o que já escrevemos e deletamos até em nossas caixas de diálogos. Os "Think Tanks" tupiniquins em defesa da desigualdade como o Instituto Mises e o Instituto Millennium fabricam os argumentos e selecionam os dados a serem usados pelos defensores dos bilionários no debate.
MBL com Eduardo Cunha / Foto: Reprodução internet
Sites como o Spotniks e o Mercado Popular se multiplicam alimentados com dinheiro de fundações internacionais assim como com sociedades com empresas de "consultoria" do mercado financeiro brasileiro. Eles oferecem a uma nova geração de classe média alta e alta o discurso que precisam para justificar seus privilégios completamente desprovidos de mérito pessoal e instrumentos para se contrapor ao discurso acadêmico de esquerda.
Movimentos "fakes" financiados com dinheiro internacional e de partidos nacionais, como MBL, Vem pra Rua e grupos abertamente fascistas, acabam extrapolando suas estruturas virtuais de robôs e máquinas de curtidas e dão coragem aos mesmos jovens privilegiados de se expor e se organizar publicamente. O resultado foi a guinada à direita do espectro político brasileiro e a perda do debate, mesmo o debate qualificado.
Membros do MBL com Eduardo Cunha
Foto: Reprodução internet
Os mecanismos de auto reprodução ideológica da exploração financeira são muito eficientes.São eficientes a tal ponto que essa molecada defende que o modelo que fez o Brasil ser o país que mais cresceu na história do mundo em cinquenta anos (de 30 a 80) estava errado e que o livre-mercado, que jamais desenvolveu um único país no mundo que não estivesse na ponta tecnológica é a salvação e racionalidade da economia.
Eficientes a ponto de ridicularizar quem quer colocar um fim no rentismo os chamando de "inflacionistas", ao mesmo tempo em que defendem a radicalização das reformas liberalizantes e desregulamentadoras do sistema financeiro no país que é o 10º mais desigual e pratica as maiores taxas reais de juros do mundo há mais de vinte anos (com poucos lapsos de segundo lugar). Eficientes a ponto de culparem o simulacro de desenvolvimentismo de Dilma e não a manutenção do rentismo por nossa estagnação, e colocar o colapso econômico que vivemos não na conta dos juros, Levy e lava-jato, mas de um "inchaço" de um Estado que é metade da média de tamanho da OCDE.
Publicam artigos defendendo o fim da escola e da saúde pública sem que recebam nem uma singela execração pública, tal a degradação moral que impuseram ao debate.
Conheci muito bem esse tipo de gente, de motivação e de maldade culpada quando aos 18 comecei a cursar Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Temos que nos organizar para enfrentar esse debate.
Eficientes a ponto de ridicularizar quem quer colocar um fim no rentismo os chamando de "inflacionistas", ao mesmo tempo em que defendem a radicalização das reformas liberalizantes e desregulamentadoras do sistema financeiro no país que é o 10º mais desigual e pratica as maiores taxas reais de juros do mundo há mais de vinte anos (com poucos lapsos de segundo lugar). Eficientes a ponto de culparem o simulacro de desenvolvimentismo de Dilma e não a manutenção do rentismo por nossa estagnação, e colocar o colapso econômico que vivemos não na conta dos juros, Levy e lava-jato, mas de um "inchaço" de um Estado que é metade da média de tamanho da OCDE.
Publicam artigos defendendo o fim da escola e da saúde pública sem que recebam nem uma singela execração pública, tal a degradação moral que impuseram ao debate.
Conheci muito bem esse tipo de gente, de motivação e de maldade culpada quando aos 18 comecei a cursar Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Temos que nos organizar para enfrentar esse debate.
MBL é recebido por FHC, cujo partido PSDB é um dos seus financiadores / Foto: internet
Está na hora das forças progressistas, se tornarem forças realmente populares, descerem do pedestal intelectual e reconhecerem a sova discursiva que estamos tomando.
Não devemos nos envergonhar de estarmos perdendo também nisso, lutamos contra a mais poderosa máquina de desigualdade que já existiu, mas devemos sempre encarar a realidade. É claro, se queremos de fato tentar mudá-la.
Leia mais sobre: Áudios mostram que partidos financiaram MBL em atos pró-impeachment
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