O prefeito de São Paulo, João Doria, defendeu a
permanência do seu partido, o PSDB, na base de apoio do governo Michel Temer
(PMDB) e clamou por "bom senso e equilíbrio" para "proteger o
país" mesmo depois dos recentes escândalos.
Com informações da Folha de
SP, 20/05/2017
O tucano afirmou que não se pode "jogar tudo para o
alto" por conta da nova crise política.
"O PSDB não deve romper com o Brasil. O PSDB deve
ter equilíbrio. Numa situação como essa, bom senso, equilíbrio, serenidade, são
fundamentais", disse o prefeito após participar de uma ação de zeladoria
da prefeitura na zona sul da capital.
"O país precisa sobreviver. A economia precisa
sobreviver. As reformas precisam sobreviver. Por quê? Porque a população que
mais sofre são os 14 milhões de brasileiros que estão desempregados. A
desestabilidade econômica por força de uma ruptura pode prejudicar ainda mais
esses 14 milhões de desempregados, e aqueles que estão subempregados e que
vivem no sofrimento."
Questionado pela Folha se não
considerava os fatos tornados públicos tão graves para um rompimento, Doria
disse que se deve deixar para Justiça a punição das irregularidades e seguir
condução das reformas.
"É grave, gravíssimo [o que foi tornado público],
mas é preciso considerar que nós temos a situação econômica que exige responsabilidade
dos deputados e senadores para seguir na votação e na aprovação das reformas, e
obviamente seguir aquilo que o Judiciário vem fazendo: investigar, dar direito
de plena defesa e, havendo culpa, apenar. Seja quem for, de que partido for. É
preciso que a Justiça se sobreponha a qualquer interesse partidário,
ideológico, e que ela seja feita em nome do povo brasileiro."
Isso também vale para o Aécio Neves?, questionou a
reportagem, sobre o presidente do PSDB afastado do comando da legenda por suspeita
de corrupção.
"Vale para todos, indistintamente, a regra é clara,
o objetivo claro, o Brasil está sendo passado a limpo", afirmou.
Em nenhum momento o prefeito de São Paulo questionou a conduta ou citou o nome de Michel Temer.
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